Até onde resumir?

Recentemente tenho lido cada vez mais sobre a importância de se transmitir suas idéias da maneira mais sucinta possível. São inúmeros os artigos que falam sobre quanto tempo conseguimos reter nossa atenção, seja numa leitura, aula ou apresentação.

Um exercício bastante interessante das aulas de redação da Professora Arminda quando estudava no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, era reduzir um texto ao máximo mantendo seu sentido.

Fico pensando se essa é uma boa prática, já que a maioria dos textos que leio são tão superficiais que acabam exigindo alguma pesquisa adicional. Parece que o medo de perder a atenção do leitor é tão grande que o conteúdo passa para o segundo plano.

Não creio que seja necessário dissecar cada detalhe de determinado assunto, e sim abordar de forma que o leitor se sinta informado e intrigado a saber mais, sem  ter que pesquisar para poder decifrar o que o escritor estava tentando comunicar.

Existe espaço para aprofundar um tema especifíco. Eu, por exemplo, sou um leitor ávido por detalhes - meus livros prediletos incluem Guerra e Paz (Leon Tolstoy) e O Senhor dos Anéis (J.R.R. Tolkien) - e acredito que tais detalhes tornam a leitura mais prazerosa e rica.

O nível dos detalhes depende do tipo de mídia, mas todas devem comunicar de forma efetiva aquilo que se propõe, mas isso não é o que tenho visto (ou lido).

Como sempre, estou à disposição para debater com aqueles que queiram explorar o assunto ;)

Abraço, Ayala.