Um passinho à frente, por favor

Essa definitivamente não é uma notícia nova, mas não deixa de ser curiosa e inspiradora.
Em 1960 participando de algumas experiências sobre a influência da gravidade no corpo humano o Coronel americano Joe Kittinger foi enviado na gôndola de um balão à estratosfera (segunda camada da Atmosfera, logo depois da troposfera, para quem não lembra das aulas de geografia do primário), e chegando na altura programada de 31.300m ele simplesmente deu um passo para fora da gôndola.

O fato não é novo (dãhhh é de 1960), mas depois de rever o vídeo no YouTube esse final de semana, voltei a pensar na situação em que ele se encontrava naquele momento.
Naquela época, o paraquedismo estava iniciando e mesmo as atividades militares eram bastante reduzidas e só imaginar de alguém saltando de paraquedas era um pensamento assutador (a taxa de mortalidade era alta). Também haviam as experiências com animais enviados ao espaço que morreram na reentrada da atmosfera e outras estórias pouco animadoras.

Criado o cenário, fico imaginando o que passa na cabeça de uma pesosa ao entrar naquele balão e subir à uma altura 3 vezes maior que os aviões comerciais viajam hoje em dia, num ambiente hostil com temperaturas bem abaixo de zero e poucas certezas na cabeça.

Na verdade acho que só passa uma coisa, a certeza de que vai dar aquele passo, independente dos resultados.

Conclusão mesmo só cheguei a uma: EU queria poder passar por essa experiência.

Isso me faz fazer muitas perguntas... Por que existem pessoas que aceitam e até procuram se expor a situações pouco confortáveis? Se nossa natureza é sobreviver, por que procurar risco ao invés de buscar segurança? Isso é bom ou ruim?

Bom, se quiser responder perguntas, ou iniciar outras discussões a partir dessas, estou a disposição :)

Por enquato eu deixo o vídeo do passo mais alto da história da humanidade.

Abraço, Ayala